Obra de ampliação e reforma do espaço deve gerar 3,5 mil empregos indiretos e 1,5 mil diretos. Estádio terá capacidade para 70 mil torcedores, além de amplo estacionamento. Prevista para ficar pronta em 2013, a nova arena será palco da Copa do Mundo e da Copa das Confederações
“É um marco importante que consolida Brasília não apenas como sede, mas como principal cidade dos jogos do Mundial”
Rogério RossoGovernador do Distrito FederalO governador Rogério Rosso assinou, nesta terça-feira (20), contrato com o Consórcio Brasília 2010, formado pelas empreiteiras Via Engenharia e Andrade Gutierrez, para a reconstrução do Estádio Mané Garrincha. A nova arena receberá os jogos do Mundial de 2014 e passará a se chamar Estádio Nacional de Brasília. Haverá lugar para 70 mil torcedores, quase 25 mil a mais do que a capacidade atual. Orçada em R$ 692 milhões, a obra deverá ser concluída antes de julho de 2013, quando começa a Copa das Confederações.
Além das melhorias na infraestrutura da cidade, o investimento promete movimentar a economia do DF. A expectativa é de que sejam criados cinco mil empregos – 3,5 mil indiretos e outros 1,5 mil, diretos.
Os trabalhos já começaram. Há dois meses, 80 funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), que também é responsável pela obra, concentram-se na limpeza, demolição e remoção da parte que será extinta do Mané Garrincha, como instalações elétricas, arquibancada e pista de atletismo.
A nova concepção do maior estádio da capital federal também mudou. Segundo o governador, o local não servirá apenas para jogos de futebol, mas será um espaço multiuso destinado a outras atividades esportivas e eventos culturais. “É um marco importante que consolida Brasília não apenas como sede, mas como principal cidade dos jogos do Mundial”, afirmou.
O Estádio Nacional de Brasília chama a atenção antes mesmo de ficar pronto. “Várias empresas procuraram o GDF para fechar calendário de eventos para os próximos anos”, completou o governador, reforçando que a obra será a mais barata do país comparada às demais reformas de 11 estádios brasileiros.
A assinatura do contrato acorreu na Residência Oficial de Águas Claras com a presença da vice-governadora Ivelise Longhi, do gerente de projetos da Copa ,Sérgio Graça, de secretários do governo e representantes das empresas construtoras.
Liberação de verba
No dia 15 de julho, o Diário Oficial do DF publicou a sanção do governador ao projeto de crédito suplementar aprovado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em 30 de junho. A medida garantiu a liberação de R$ 80 milhões – primeira parcela de um total de R$ 692 milhões – para o início da reforma do Estádio Mané Garrincha. Os recursos foram remanejados da Terracap.
De acordo com o gerente do projeto da Copa, Sérgio Graça, a liberação do dinheiro foi fundamental. “Agora vamos sair definitivamente do papel, pois os recursos garantem o início das obras”, disse. “Obedecemos não apenas as exigências da FIFA, mas também as recomendações passadas pela federação”, completou o gerente.
A vice-governadora Ivelise Longhi acredita que a Copa do Mundo de 2014 fará com que as atenções se voltem para o Distrito Federal de forma positiva. “O evento incrementará a economia da cidade e trará benefícios que se perpetuarão por várias gerações”, afirmou.
VLT
A recente aquisição de novos trens para o metrô e o investimento na construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além da revitalização de importantes trechos viários do DF, também vai acelerar o desenvolvimento do sistema de transportes coletivo da cidade.
Somente nos últimos dois meses, o GDF destinou R$ 325 milhões para a compra de 12 novos trens do metrô e liberou, junto ao governo federal, aproximadamente R$ 263 milhões para a continuidade da construção do trecho 1 do VLT, linha Aeroporto/Terminal da Asa Sul.
Segundo o governador, o objetivo dessas ações é garantir melhorias ao trânsito e ao transporte coletivo, aprimorando a mobilidade em toda a cidade e também nas vias de ligação ao centro de Brasília, onde acontecerão as principais atividades ligadas ao Mundial. “A aquisição de novos trens é um investimento que nos deixa orgulhosos pela melhoria que significam para os usuários do transporte público”, acrescentou Rosso.
Jane Rocha - Agência Brasília
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