Área em torno da DF-140, a cerca de 20 quilômetros da Ponte JK, transformou-se na menina dos olhos de grandes construtoras, que erguem dois condomínios no local. Um terreno que custava R$ 45 mil em 2003 hoje não sai por menos de R$ 360 mil
Helena Mader
Publicação: 22/08/2010 08:39 Atualização: 22/08/2010 08:48
Quando conheceu a região, a aposentada Mabir Santos, 63 anos, se assustou com a distância. Mas como a área ainda é pouco movimentada, o acesso é rápido. Em menos de meia hora, é possível transitar entre o centro de Brasília e a DF-140. Mas o que mais atraiu a aposentada foi a amplitude das áreas verdes. “Há um ano, comprei um lote de quase mil metros quadrados no Condomínio Reserva Santa Mônica por R$ 275 mil. Com esse dinheiro, eu só conseguiria comprar uma quitinete no Plano Piloto. Aqui, tenho muito espaço, além de segurança e áreas de lazer. Foi uma escolha que eu fiz e que muitas pessoas estão fazendo”, conta Mabir.
100% vendidos
O acesso ao Condomínio Alphaville fica às margens da rodovia DF-140, mas os lotes estão localizados fora do território do Distrito Federal. Geograficamente, o parcelamento faz parte do bairro Jardim ABC, no município goiano. Mas, futuramente, com a consolidação da região, a tendência é que os dois territórios se integrem a tal ponto que ficará difícil estabelecer onde termina o DF e onde começa o estado de Goiás.
O diretor Comercial da Alphaville Urbanismo, Fábio Valle, conta que a empresa decidiu investir na região da DF-140 porque a área faz parte da estratégia de crescimento urbano da capital federal. “Apesar de estarmos a 28 quilômetros da Ponte JK, o acesso é bem mais rápido do que o de outras áreas do Distrito Federal. A rodovia é excelente e o trânsito flui com rapidez”, diz Fábio. “Além disso, a topografia e a vegetação também são grandes diferenciais. Mais de 90% dos nossos compradores declararam ter interesse em morar na região”, acrescenta o diretor comercial da empresa.
No Condomínio Alphaville, a valorização rápida dos lotes chama a atenção. No início de julho, quando o empreendimento foi lançado, o terreno de 600m² custava R$ 300 mil. Todas as unidades foram vendidas pela empresa e os imóveis em negociação atualmente já custam R$ 380 mil — um aumento de 26% em pouco mais de um mês.
Infraestrutura
O que chama a atenção no caso do Alphaville é que as obras de infraestrutura só ficarão prontas em dois anos. Até lá, os compradores não poderão construir nada na área. “Já estamos fazendo a terraplanagem e a infraestrutura será concluída o mais rápido possível. Quando isso acontecer, a valorização será ainda maior”, explica Fábio Valle. Além dos terrenos residenciais, o empreendimento terá ainda 32 mil metros quadrados de áreas comerciais, para que os moradores tenham acesso a serviços e produtos sem a necessidade de fazer grandes deslocamentos.
Já no caso do Condomínio Reserva Santa Mônica, a infraestrutura já está completa e 20 casas estão em construção. O parcelamento é um projeto da empresa JC Gontijo, que colocou à venda 850 terrenos no local. Desses, apenas 165 ainda estão disponíveis. Em 2003, quando a empreiteira negociou os primeiros lotes, antes das obras de infraestrutura, cada imóvel saía por R$ 45 mil. Hoje, depois do lançamento oficial e da construção do asfalto, da portaria, quadras poliesportivas e até mesmo de piscinas de uso coletivo, o preço subiu 700%.
O diretor da JC Gontijo, Rodrigo Nogueira, explica por que a empresa escolheu investir na região. “Essa é a última área nobre disponível dentro do Distrito Federal. O interessante é que o crescimento será organizado e planejado, com a realização das obras de infraestrutura necessárias. Mantivemos 50% da área preservada com matas e, além disso, cada terreno só pode ter 60% de sua área edificada. Dessa forma, os benefícios do contato com a natureza nunca serão perdidos”, afirma Rodrigo Nogueira.
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