Uma semana depois do desabamento de parte da marquise, a feira da Torre de TV voltou a funcionar. Mas um novo problema apareceu hoje: um cano estourou e o banheiro foi interditado.
Depois do susto no último sábado, quando pedaços de concreto
caíram perto de visitantes e feirantes, o revestimento do
mezanino da Torre de TV foi retirado.
Os feirantes voltaram para as bancas, mas não estão
satisfeitos com as vendas. “Algumas coisas ainda precisam
ser ajustadas porque o movimento caiu bastante depois do
acidente”, acredita Edineide Nascimento.
Os turistas também não estão muito contentes. Parte do
mirante está interditada, a estrutura metálica está
enferrujada e fios estão expostos. “A melhoria aqui é
fundamental. Não está certo o visitante encontrar um
lugar todo enferrujado”, reclama a professora Maria do
Carmo Moraes.
A precariedade de um dos principais monumentos de Brasília foi
anunciada há sete anos pelo engenheiro Moacir Bührer de
Mello. Em 2003, ele fez um relatório para a administração da
Torre, em que apontou diversos problemas estruturais.
De lá para cá, pouca coisa mudou. “Essa cultura de
manutenção não existe. Não é só fazer uma obra, é preciso mantê-la”, ressalta Moacir.
O GDF está com um projeto de recuperação da Torre de TV
desde janeiro. A reforma de todo o monumento está orçada
em R$ 15 milhões. Mas, até agora, segundo o governo, nada
foi feito porque não há dinheiro em caixa.
Enquanto isso, turistas e feirantes enfrentam problemas.
Hoje o banheiro do local foi interditado porque um cano
estourou. “O turista chega em Brasília e tem uma imagem
completamente ruim da nossa cidade”, lamenta o advogado
Robson Batista.
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