sábado, 11 de julho de 2015

Senado estimula os servidores da Casa a irem para o trabalho de bike

11/07/2015 - O Tempo - BH


O Senado estimula os servidores da Casa a irem para o trabalho de bike. O ponto de encontro é a praça do Museu da República para que o grupo siga em direção ao Congresso Nacional.

No mês passado foi aprovada resolução que cria o espaço do ciclista – local a ser operacionalizado que deverá contar com banheiros, chuveiros, armários e bicicletário seguro para os servidores poderem ir trabalhar de bicicleta.

R$ 21,3 mil ... É O VALOR que a Secretaria de Administração da Presidência da República empenhou para a compra de equipamentos de atividade física, incluindo bicicletas

quinta-feira, 9 de julho de 2015

A conta da Copa

09/07/2015 - Correio Braziliense

EDITORIAL

Um ano depois do histórico 7 x 1, o Brasil continua perdendo de goleada dentro e fora de campo. Desorganizados, arcaicos e corruptos, os clubes, as federações e a CBF empurram o nosso futebol ao fundo do poço. Sem comando e acuado por um Congresso inescrupuloso, o governo federal leva o país a uma crise sem precedentes.

O cenário é idêntico no campo do Distrito Federal. O governo da capital do país atravessa a maior crise financeira da história. Em parte, por causa das dívidas deixadas pelo antecessor em função de projetos mal planejados, mal executados e hiperdispendiosos.

Do tão propagado legado, a Copa em Brasília não rendeu sequer frutos ao turismo. No mês do mundial, a média de ocupação dos HOTÉISatingiu 65%, bem abaixo dos projetados 100%. Passado o evento, voltamos à média normal, de 45%, segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do DF. Na questão mobilidade, o prometido VLT entre o aeroporto e o Setor Hoteleiro Sul não passou da derrubada de árvores e da demolição de um viaduto no fim da W3 Sul, que acabou reconstruído. O governo Agnelo Queiroz (PT) entregou o BRT pela metade, com nítidas falhas na construção e na operação.

A experiência da Copa também não trouxe melhorias nas informações aos vistantes. Dos sete Centros de Atendimento ao Turista (CAT) (Setor Hoteleiro Norte, Setor Hoteleiro Sul, dois no aeroporto, Rodoviária Interestadual, Torre de TV e Praça dos Três Poderes) apenas dois funcionam. Também não há legado em urbanização. Ficou só na promessa da construção da via entre a W4 Norte e a W5 Sul, de dois túneis para passagem de pedestres um entre o Parque da Cidade e o Clube do Choro e outro entre o Centro de Convenções e o estádio e da urbanização das saídas dos túneis e melhorias no Complexo Esportivo Ayrton Senna.

A obra de paisagismo entre a via W3 e a Rodoviária do Plano Piloto caminha a passos curtíssimos, após ser paralisada. As calçadas do Eixo Monumental e dos setores hoteleiros tiveram a licitação revogada porque havia interferências nos locais que inviabilizaram a execução do projeto. Novo estudo foi elaborado e aguarda recursos.

Ah, mas tem o Mané Garrincha. Sim, mas estádio não pode ser considerado legado. E, em uma cidade sem futebol, menos ainda.

Tanto que, ao custo de R$ 1,5 bilhão (o Ministério Público acredita ser muito mais), acabou se transformando em sede de secretarias do GDF. Com raras e cada vez mais esvaziadas partidas entre equipes da Série A do Brasileiro, a arena mostra sinais de abandono, com elevadores parados, pisos dos vestiários danificados, cadeiras quebradas, goteiras e nenhuma obra de urbanização no entorno.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Projeto arquivado em 2011 prevê instalação de barreiras no Eixão

07/07/2015 - Correio Braziliense

A proposta de separação do Eixo Rodoviário por muretas motivo de polêmica e de um amplo debate entre 2008 e 2011, quando se decidiu pelo arquivamento do projeto voltou a ser cogitada pelo governo. Com o argumento de que é preciso garantir a segurança viária, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) resgatou um documento em que o então superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (Iphan), Alfredo Gastal, sugere um modelo de segregação com barreiras do tipo New Jersey ao longo da via e, entre elas, um canteiro verde. A atual gestão do Iphan-DF discorda da instalação.

O custo da obra é estimado em R$ 13,8 milhões, dinheiro que, segundo o diretor-geral do DER, Henrique Luduvice, o órgão não tem em caixa. Além disso, ressalta que a execução dependeria de uma decisão de governo. É obrigação do poder público se antecipar aos problemas. E a realidade de Brasília mudou, disse, referindo-se ao início da operação do BRT Sul pelo Eixão. Hoje, a colisão de um carro particular com outro tem uma repercussão. Mas você imagina se isso acontece com dois BRTs lotados?, cita. De acordo com Luduvice, também está na mesa para debate a redução da velocidade dos atuais 80km/h para 70km/h.

Se realmente sair do papel, as muretas serão colocadas onde hoje é a faixa presidencial. No centro, haverá plantas. E, ao longo da rodovia, estão previstas seis passagens de emergência para o Corpo de Bombeiros, unidades policiais e ambulâncias. Metade delas ficará na Asa Sul e a outra, na Asa Norte.

Apesar de o argumento para a retomada da proposta ser a garantia de segurança aos motoristas, as estatísticas de acidentes fatais nos últimos 10 anos na rodovia revelam tendência de estabilidade desde 2008. No ano passado, houve cinco casos de ocorrências com mortes no Eixão, contra 14 em 2006. Na última década, somente em 2013, a estatística subiu para 13 casos (veja quadro).

Em nota, o Iphan-DF defende que a questão da segurança viária é mais complexa e somente a colocação de muretas não vai resolver, sobretudo quanto ao número de acidentes. O instituto classificou as barreiras como inúteis e que serviriam apenas para dividir o espaço da cidade já segmentado. E que o documento assinado por Gastal deixa claro que o projeto teria que ser submetido a aprovação do instituto.

Para o Iphan, a solução para diminuir as mortes no Eixão passa pela mudança de mentalidade urbana, mudando-se a lógica rodoviarista que impera na cidade. Uma saída, segundo o órgão, seria transformar o eixo rodoviário em uma via humanizada e amigável para o pedestre. Entende-se que a primeira medida seria a redução da velocidade, completou o texto.

Retrocesso

Especialistas também discordam da medida. A arquiteta e urbanista Tânia Batella, integrante da Pró-Federação em Defesa do DF, classifica como um retrocesso o projeto para colocar muretas no Eixão. Para ela, a ideia fere o tombamento e deixa de lado ações importantes, como campanhas de educação no trânsito. Pesquisas apontam que o cercamento como justificativa para a segurança não favorece o cidadão. É a mesma situação no trânsito. Devemos cobrar do Estado que cumpra o seu dever e não esse tipo de intervenção, defendeu.

Sobre a ideia de humanizar o Eixão, ela defende que a cidade foi estruturada em cima de eixos rodoviários e, como a via nasceu sem nenhuma atividade no entorno, deve permanecer assim. A urbanista cobra também do atual governo uma gestão democrática. Estão retirando do fundo do baú projetos vencidos e superados e isso é lamentável. A proposta interfere na área tombada e não foi aprovada pela sociedade, criticou.

Para o arquiteto Carlos Magalhães, a ideia de colocar muretas no Eixão é absurda e não funcionou em outras cidades, como o Rio de Janeiro. Na Avenida Brasil, colocaram a barreira e as pessoas pulavam. Fizeram uma maior e as pessoas passavam, até colocarem uma tela. Daqui a pouco, vão eletrificar essa mureta. Tem que barrar de outra forma, isso é questão de educação, comentou.

Doutor em engenharia de transportes e professor universitário, José Leles de Souza explica que as muretas de fato reduzem o risco de colisões frontais, substituindo-as por batidas com objeto fixo e com outros veículos que circulam na mesma direção. A pessoa perde o controle por excesso de velocidade ou porque não tem condições de pegar o volante por estar alcoolizada, por exemplo. E isso se combate com fiscalização e educação do motorista, acredita.