sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

GDF começa as obras de construção de quatro viadutos em Águas Claras


17/12/2015 – Fato Online – Brasília/DF

Começou nessa quinta-feira (17) as obras para a construção de quatro viadutos na cidade de Águas Claras que irão melhorar a fluidez no trânsito da cidade. Essas intervenções já haviam sido prometidas em maio deste ano pelo governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg durante as comemorações do aniversário de 12 anos da região administrativa e só agora foram iniciadas.

A previsão de conclusão é de cinco meses e a obra custará, no total, cerca de 14 milhões aos cofres públicos. Segundo o governo de Brasília parte dos recursos foram garantidos com empréstimos do Banco do Brasil e outra parte veio do orçamento do GDF e recursos da Terracap.

Os viadutos facilitarão a interligação das vias internas e o acesso para as avenidas Boulevard Norte e Sul, que ficam a margem da linha do metrô. Mas os problemas enfrentados pela população nas vias que dão acessos à cidade ainda não tem previsão para serem resolvidos.

“Essa obra compõe um conjunto de intervenções urbanas para a mobilidade”, garantiu o governador Rodrigo Rollemberg no lançamento da obra. Ainda essa semana o chefe do executivo lançou as obras de expansão do metrô para a Asa Norte e a retomada do projeto do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Em seu discurso o governador afirmou que os recursos do BNDES para as obras do Trevo de Triagem Norte sairão em janeiro.

O viaduto 1 ficará na rua 37 norte: sobre a linha do Metrô, interligando as Rua 37 Norte e Sul; viaduto 2 Rua Alecrim: interligação das vias internas de Águas Claras sobre a linha do Metrô-DF interligando a Rua Alecrim; o viaduto 3 será interligando a Rua Manacá; e o último na Rua 36 Norte interligando com a rua 36 Sul.

Parte da obra será realizada no período noite com a intenção de não atrapalhar mais ainda o trânsito da cidade que já é intenso. O governador prometeu cobrar da empreiteira que o cronograma da obra seja cumprido no prazo estabelecido.



terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Águas Claras terá consulta pública sobre ciclofaixas

Encontro está marcado para quarta (9) à noite e reunirá representantes do governo e da sociedade
Da Agência Brasília, com informações da Secretaria de Gestão do Território e Habitação

07/12/2015 - Agência Brasília

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília - 22.10.2015
Águas Claras terá consulta pública sobre ciclofaixas
Águas Claras terá consulta pública sobre ciclofaixas

Uma consulta pública para debater a demarcação de ciclofaixas em Águas Claras ocorrerá na quarta-feira (9), às 19h30, no auditório do Colégio La Salle, na Quadra 301 da região.

Participarão do encontro representantes da Associação de Moradores de Águas Claras, do Departamento de Trânsito (Detran), da administração regional e da Secretaria de Gestão do Território e Habitação.

Segundo o titular da pasta, Thiago de Andrade, a consulta pública é uma oportunidade para esclarecer detalhes do projeto elaborado pelo órgão com o objetivo de fomentar o uso do metrô por meio de intervenções voltadas a deslocamentos não motorizados, a exemplo da pintura de ciclofaixas. "Alguns setores criaram resistência a alguns pontos bem particulares. Precisamos equalizar isso."

Acesse o projeto sobre mobilidade no entorno das estações de metrô.

Consulta pública sobre ciclofaixas em Águas Claras
9 de dezembro (quarta-feira)
Às 19h30
No auditório do Colégio La Salle de Águas Claras (Quadra 301)

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Brasília pode ter ‘cidade’ ao redor do aeroporto

27/11/2015 -  O Globo

BRASÍLIA- De olho na reforma administrativa do governo federal, que busca reduzir gastos com o custeio da máquina pública, a concessionária do aeroporto de Brasília (Inframérica) viu uma oportunidade para aumentar suas receitas oferecendo ao governo a construção de uma Cidade Administrativa em torno do aeroporto. Ela ofereceu a possibilidade de construir prédios sob medida para as necessidades dos organismos federais, que seriam alugados para o governo. Concessionária e governo confirmaram ao GLOBO a negociação, que ainda não tem um preço de consenso.

Segundo fontes do Ministério do Planejamento, a Inframérica está cobrando um valor elevado demais pelos aluguéis. O trunfo da Inframérica na oferta dos edifícios construídos no modelo "built-to-suit” (construído para servir, em tradução livre do inglês), é de que, no fim do período de concessão de 25 anos, esses imóveis serão incorporados ao patrimônio da União, que, a partir de então, poderá continuar a ocupá-los sem ter de pagar o aluguel.

Em agosto, o Planejamento anunciou um plano para vender imóveis da União para reforçar os cofres do Tesouro Nacional e ao mesmo tempo construir novos prédios para acomodar órgãos públicos, o que resultaria numa economia com aluguéis. A ideia é vender quase 700 imóveis. O total arrecadado pode ser de R$ 1,8 bilhão, segundo as estimativas do governo.

Em outra frente, a proposta seria construir, em parceria com a iniciativa privada, seis anexos em prédios de ministérios e uma segunda sede da Receita Federal. Somente a construção dos anexos deve permitir à União deixar de pagar, em aluguéis, R$ 1,363 bilhão. Descontados os custos da obra, de R$ 1,260 bilhão, a economia no fim dos 12 anos será de R$ 103 milhões.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

24/08/2015 - Agência Brasília

QL 12 do Lago Sul é primeiro local da operação. Moradores não ofereceram resistência
Ádamo Araujo, da Agência Brasília

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília
Governo inicia desobstrução da orla do Lago Paranoá. QL 12 do Lago Sul (Península dos Ministros)
Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Governo inicia desobstrução da orla do Lago Paranoá. QL 12 do Lago Sul (Península dos Ministros)
Atualizada em 24 de agosto de 2015, às 13h57

Começou na manhã desta segunda-feira (24) a operação da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) de desocupação da orla do Lago Paranoá. Edificações dentro de 30 metros da margem serão retiradas. Na primeira residência, na QL 12 do Lago Sul, os moradores se anteciparam e removeram as cercas. 

Nos dois terrenos seguintes, porém, foi necessária a atuação de um trator da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) para derrubar as grades. Não há qualquer resistência por parte dos moradores até o momento.

A ação está dividida em quatro etapas e contará com diversos órgãos locais. A primeira inclui 47 lotes das QL 12 do Lago Sul e QL 2 do Lago Norte — quadras com menor grau de dificuldade para serem desocupadas, porque estão parcialmente desobstruídas.

Estão sendo retirados muros, cercas, portões, alambrados e qualquer material que esteja em área pública e impeça a circulação e a chegada à margem. A ordem para deixar a faixa acessível a todos veio de uma sentença judicial de 2011, provocada por uma ação civil pública ajuizada em 2005 pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

Píeres, gazebos, quadras esportivas e outros equipamentos construídos por moradores na faixa de 30 metros serão mantidos e tornados públicos até que o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e a Secretaria de Gestão do Território e Habitação concluam o plano de uso e de recuperação da área.

Não serão alvo de remoção terrenos devidamente escriturados dentro da área de preservação permanente e lotes da União e de embaixadas. Os 80 quilômetros da orla deverão estar livres em dois anos.

Península dos Ministros
A operação teve início por volta das 9 horas no Conjunto 8, da QL 12 (Península dos Ministros), e continuou no Conjunto 10. O balanço da manhã registrou quatro terrenos com grades, parapeitos e cercas-vivas derrubados.

Estão no local dois tratores e equipe formada por integrantes da Agência de Fiscalização do DF (Agefis), da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), da Vigilância Ambiental, da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), da Companhia Energética de Brasília (CEB), do Corpo de Bombeiros Militar do DF, da Administração Regional do Lago Sul, do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), das Polícias Militar do DF, Civil e Militar Ambiental, além da Secretaria de Gestão do Território e Habitação e da subsecretaria de Ordem Pública e Social.

O trabalho continua à tarde e, segundo a presidente da Agefis, Bruna Pinheiro, não há previsão de quantos terrenos serão desobstruídos nesta segunda-feira.

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá

Começa a desocupação da orla do Lago Paranoá


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Metrô do DF contrata elaboração de plano diretor por R$ 5,26 milhões

05/08/2015 - G1

O Metrô do Distrito Federal contratou duas empresas de consultoria ao custo de R$ 5,26 milhões para elaborar um novo plano diretor para o transporte na capital. O consórcio formado por Logit e Tecton terá 24 meses para apresentar o documento e uma pesquisa sobre a mobilidade urbana na capital.

O órgão diz ter economizado R$ 300 mil frente à estimativa da licitação, que era de R$ 5,56 milhões. O acordo corresponde a seis vezes o que foi pago à Logit e à Logitrans para preparar a licitação das bacias de ônibus, entre 2010 e 2011. O consórcio Logit-Logitrans foi contratado por US$ 476,8 mil (R$ 874,5 mil) em junho de 2010, quando o dólar valia R$ 1,834.

O presidente do Metrô, Marcelo Dourado, afirma que o valor é justificado pelo ineditismo do novo projeto. "Esse plano não existe em lugar nenhum. A área de abrangência não é circunscrita ao DF, está relacionada à Ride [Região Integrada de Desenvolvimento, criada em 2001 e que inclui 21 municípios de Goiás e Minas Gerais]. Você tem mais de 1,2 milhão de pessoas que moram fora e se dirigem diariamente a Brasília", diz.

Segundo Dourado, a ideia é aproveitar linhas ferroviárias que já existem nessas direções para amplificar o transporte sobre trilhos.

A entrega do Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos (PDTT), em 2017, deve coincidir com a conclusão prevista da expansão do Metrô em Samambaia, Ceilândia, Asa Sul e Asa Norte.

"Esses projetos em andamento são resultados do PDTU [Plano Diretor de Transporte Urbano]. Eram processos que estavam parados, com recursos alocados do governo federal. Já deveriam ter sido feitos. A novidade é uma rede integrada de VLTs, que também deve ser concluída no mesmo período", declara Dourado.

Plano em reforma

O presidente do Metrô afirma que o PDTT pode "reformar" o plano elaborado há cinco anos, mas diz que este não é o objetivo principal do contrato. "São estudos de origem e de destino que vão definir todo o fluxo de mobilidade. É lógico que o PDTU pode servir de subsídio, mas o PDTT é um projeto inovador."

Segundo Dourado, especialistas em mobilidade urbana apontam o modal ferroviário como o "futuro" do transporte público. "O mundo sinaliza de uma forma muito positiva a preferência pelo transporte de alta capacidade ferroviário, com metrôs e VLTs. A função do transporte rodoviário é alimentar esse sistema".

O gestor diz acreditar que as investigações da CPI do Transporte na Câmara Legislativa e osquestionamentos da Justiça sobre a licitação das bacias de ônibus, em 2010, não descredenciam a Logit, parte do consórcio que preparou a licitação. A empresa parceira no consórcio, Logitrans, é ligada ao advogado Sacha Reck, suspeito de direcionar a concorrência dando consultoria às empresas vencedoras – o que ele nega.

"A empresa [Logit] é extremamente respeitada no mercado, com base nos trabalhos que já foram feitos. Do ponto de vista técnico, não há questionamento. Existe um calendário de entrega dos produtos, um corpo de pesquisadores que é altamente qualificado. Estou despreocupado em relação à qualificação dessa empresa, e os requisitos da licitação foram preenchidos", declarou Dourado.

Sem embaraço

O presidente da Logit, Wagner Colombini, afirmou ao G1 por telefone que não há qualquer constrangimento na assinatura do contrato, com base nas investigações do consórcio anterior. Segundo ele, o advogado Sacha Reck era vinculado à Logitrans e tinha "experiência neste ramo".

"Eu entendo que não [há constrangimento] porque o Sacha é da Logitrans. É experiente e atua na área de transporte coletivo, na área de licitações. Tudo o que está sendo levantado [pelas investigações] é a atuação em outros locais. Não tivemos nenhuma atuação com o Sacha Reck no Paraná, em São Paulo, em outras áreas", diz Colombini.

Segundo o ele, o contrato celebrado com o Metrô é bem mais caro que a consultoria prestada em 2010 porque o nível de detalhamento é diferente. O presidente da Logit diz que o novo documento vai envolver uma pesquisa de campo, domiciliar, com mais de 20 mil famílias.


"A consultoria de 2010 foi basicamente em cima de informações existentes, modelo existente. Era analisar o que era proposto pela secretaria. Agora, a gente vai fazer algo totalmente novo, mas o que já foi definido [na expansão do Metrô] não muda. A gente já considera como parte de uma rede comprometida", afirma.

sábado, 11 de julho de 2015

Senado estimula os servidores da Casa a irem para o trabalho de bike

11/07/2015 - O Tempo - BH


O Senado estimula os servidores da Casa a irem para o trabalho de bike. O ponto de encontro é a praça do Museu da República para que o grupo siga em direção ao Congresso Nacional.

No mês passado foi aprovada resolução que cria o espaço do ciclista – local a ser operacionalizado que deverá contar com banheiros, chuveiros, armários e bicicletário seguro para os servidores poderem ir trabalhar de bicicleta.

R$ 21,3 mil ... É O VALOR que a Secretaria de Administração da Presidência da República empenhou para a compra de equipamentos de atividade física, incluindo bicicletas

quinta-feira, 9 de julho de 2015

A conta da Copa

09/07/2015 - Correio Braziliense

EDITORIAL

Um ano depois do histórico 7 x 1, o Brasil continua perdendo de goleada dentro e fora de campo. Desorganizados, arcaicos e corruptos, os clubes, as federações e a CBF empurram o nosso futebol ao fundo do poço. Sem comando e acuado por um Congresso inescrupuloso, o governo federal leva o país a uma crise sem precedentes.

O cenário é idêntico no campo do Distrito Federal. O governo da capital do país atravessa a maior crise financeira da história. Em parte, por causa das dívidas deixadas pelo antecessor em função de projetos mal planejados, mal executados e hiperdispendiosos.

Do tão propagado legado, a Copa em Brasília não rendeu sequer frutos ao turismo. No mês do mundial, a média de ocupação dos HOTÉISatingiu 65%, bem abaixo dos projetados 100%. Passado o evento, voltamos à média normal, de 45%, segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do DF. Na questão mobilidade, o prometido VLT entre o aeroporto e o Setor Hoteleiro Sul não passou da derrubada de árvores e da demolição de um viaduto no fim da W3 Sul, que acabou reconstruído. O governo Agnelo Queiroz (PT) entregou o BRT pela metade, com nítidas falhas na construção e na operação.

A experiência da Copa também não trouxe melhorias nas informações aos vistantes. Dos sete Centros de Atendimento ao Turista (CAT) (Setor Hoteleiro Norte, Setor Hoteleiro Sul, dois no aeroporto, Rodoviária Interestadual, Torre de TV e Praça dos Três Poderes) apenas dois funcionam. Também não há legado em urbanização. Ficou só na promessa da construção da via entre a W4 Norte e a W5 Sul, de dois túneis para passagem de pedestres um entre o Parque da Cidade e o Clube do Choro e outro entre o Centro de Convenções e o estádio e da urbanização das saídas dos túneis e melhorias no Complexo Esportivo Ayrton Senna.

A obra de paisagismo entre a via W3 e a Rodoviária do Plano Piloto caminha a passos curtíssimos, após ser paralisada. As calçadas do Eixo Monumental e dos setores hoteleiros tiveram a licitação revogada porque havia interferências nos locais que inviabilizaram a execução do projeto. Novo estudo foi elaborado e aguarda recursos.

Ah, mas tem o Mané Garrincha. Sim, mas estádio não pode ser considerado legado. E, em uma cidade sem futebol, menos ainda.

Tanto que, ao custo de R$ 1,5 bilhão (o Ministério Público acredita ser muito mais), acabou se transformando em sede de secretarias do GDF. Com raras e cada vez mais esvaziadas partidas entre equipes da Série A do Brasileiro, a arena mostra sinais de abandono, com elevadores parados, pisos dos vestiários danificados, cadeiras quebradas, goteiras e nenhuma obra de urbanização no entorno.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Projeto arquivado em 2011 prevê instalação de barreiras no Eixão

07/07/2015 - Correio Braziliense

A proposta de separação do Eixo Rodoviário por muretas motivo de polêmica e de um amplo debate entre 2008 e 2011, quando se decidiu pelo arquivamento do projeto voltou a ser cogitada pelo governo. Com o argumento de que é preciso garantir a segurança viária, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) resgatou um documento em que o então superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (Iphan), Alfredo Gastal, sugere um modelo de segregação com barreiras do tipo New Jersey ao longo da via e, entre elas, um canteiro verde. A atual gestão do Iphan-DF discorda da instalação.

O custo da obra é estimado em R$ 13,8 milhões, dinheiro que, segundo o diretor-geral do DER, Henrique Luduvice, o órgão não tem em caixa. Além disso, ressalta que a execução dependeria de uma decisão de governo. É obrigação do poder público se antecipar aos problemas. E a realidade de Brasília mudou, disse, referindo-se ao início da operação do BRT Sul pelo Eixão. Hoje, a colisão de um carro particular com outro tem uma repercussão. Mas você imagina se isso acontece com dois BRTs lotados?, cita. De acordo com Luduvice, também está na mesa para debate a redução da velocidade dos atuais 80km/h para 70km/h.

Se realmente sair do papel, as muretas serão colocadas onde hoje é a faixa presidencial. No centro, haverá plantas. E, ao longo da rodovia, estão previstas seis passagens de emergência para o Corpo de Bombeiros, unidades policiais e ambulâncias. Metade delas ficará na Asa Sul e a outra, na Asa Norte.

Apesar de o argumento para a retomada da proposta ser a garantia de segurança aos motoristas, as estatísticas de acidentes fatais nos últimos 10 anos na rodovia revelam tendência de estabilidade desde 2008. No ano passado, houve cinco casos de ocorrências com mortes no Eixão, contra 14 em 2006. Na última década, somente em 2013, a estatística subiu para 13 casos (veja quadro).

Em nota, o Iphan-DF defende que a questão da segurança viária é mais complexa e somente a colocação de muretas não vai resolver, sobretudo quanto ao número de acidentes. O instituto classificou as barreiras como inúteis e que serviriam apenas para dividir o espaço da cidade já segmentado. E que o documento assinado por Gastal deixa claro que o projeto teria que ser submetido a aprovação do instituto.

Para o Iphan, a solução para diminuir as mortes no Eixão passa pela mudança de mentalidade urbana, mudando-se a lógica rodoviarista que impera na cidade. Uma saída, segundo o órgão, seria transformar o eixo rodoviário em uma via humanizada e amigável para o pedestre. Entende-se que a primeira medida seria a redução da velocidade, completou o texto.

Retrocesso

Especialistas também discordam da medida. A arquiteta e urbanista Tânia Batella, integrante da Pró-Federação em Defesa do DF, classifica como um retrocesso o projeto para colocar muretas no Eixão. Para ela, a ideia fere o tombamento e deixa de lado ações importantes, como campanhas de educação no trânsito. Pesquisas apontam que o cercamento como justificativa para a segurança não favorece o cidadão. É a mesma situação no trânsito. Devemos cobrar do Estado que cumpra o seu dever e não esse tipo de intervenção, defendeu.

Sobre a ideia de humanizar o Eixão, ela defende que a cidade foi estruturada em cima de eixos rodoviários e, como a via nasceu sem nenhuma atividade no entorno, deve permanecer assim. A urbanista cobra também do atual governo uma gestão democrática. Estão retirando do fundo do baú projetos vencidos e superados e isso é lamentável. A proposta interfere na área tombada e não foi aprovada pela sociedade, criticou.

Para o arquiteto Carlos Magalhães, a ideia de colocar muretas no Eixão é absurda e não funcionou em outras cidades, como o Rio de Janeiro. Na Avenida Brasil, colocaram a barreira e as pessoas pulavam. Fizeram uma maior e as pessoas passavam, até colocarem uma tela. Daqui a pouco, vão eletrificar essa mureta. Tem que barrar de outra forma, isso é questão de educação, comentou.

Doutor em engenharia de transportes e professor universitário, José Leles de Souza explica que as muretas de fato reduzem o risco de colisões frontais, substituindo-as por batidas com objeto fixo e com outros veículos que circulam na mesma direção. A pessoa perde o controle por excesso de velocidade ou porque não tem condições de pegar o volante por estar alcoolizada, por exemplo. E isso se combate com fiscalização e educação do motorista, acredita.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Paralisia nas obras de mobilidade urbana é reflexo do pouco INVESTIMENTO

25/05/2015 - Correio Braziliense

O governo prepara um amplo pacote de concessões para obras em ferrovias, rodovias, portos e aeroportos a ser anunciado no início de junho. Também celebrou o cheque de US$ 53,3 bilhões recebido dos chineses na semana que passou, com o compromisso de que os recursos serão investidos na melhoria da infraestrutura brasileira. No entanto, o Executivo terá que vencer a própria inércia se quiser apresentar resultados. Levantamento feito pelo Correio com o auxílio da organização não governamental Contas Abertas mostra que as gestões petistas são péssimas na hora de INVESTIR em mobilidade urbana.

A promessa de que as concessões serão a solução para reverter a crise econômica e tirar o país da paralisia contrasta com declarações da presidente Dilma Rousseff, que, há pouco menos de dois anos, disse que promoveria uma revolução na mobilidade, como resposta às manifestações populares que estremeceram os governantes estaduais, municipais e a gestão federal. No calor da pressão, ela anunciou a liberação de R$ 50 bilhões para obras em estados e municípios. No fim de 2014, alegando que faltavam projetos, a então ministra do Planejamento, Miriam Belchior, declarou que a demanda de governadores e prefeitos chegou a R$ 84 bilhões, mas apenas pouco mais de R$ 13,4 bilhões foram disponibilizados para 23 empreendimentos. Esse valor não incluiu os R$ 11,4 bilhões previstos para obras de mobilidade entre 2002 e 2014. Desse último valor, apenas R$ 2,9 bilhões (25,4%) foram efetivamente pagos.

Passados dois anos, descobriu-se que a realidade não era bem assim, pois faltaram projetos de engenharia e de viabilidade em número suficiente para usar todo esse dinheiro. Além disso, na hora de executar esses projetos de infraestrutura, os problemas apareceram, pois faltaram engenheiros, arquitetos e analistas para auxiliar tudo isso, afirmou Jerson Carneiro, professor de direito administrativo e gestão do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-RJ). O Brasil tem 5.564 municípios, não há corpo técnico e estrutura para fiscalizar todos, completou especialista, que também é advogado nas áreas de direito administrativo e infraestrutura.

Problemas

Para Jerson, a presidente Dilma demostrou não estar bem informada sobre as possibilidades e os problemas para os INVESTIMENTOS na área de mobilidade. Ele torce para que o mesmo erro não seja cometido agora, com o dinheiro dos chineses. Espero que esses bilhões de reais não sejam apenas um número bonito declamado na tevê com o propósito de render boas manchetes, pois já temos muito dinheiro disponível com uma execução medíocre, completou o professor.

Na opinião do senador Romero Jucá (PMDB-RR), as obras estruturantes no país só sairão, de fato, do papel no dia em que o governo conseguir agilizar todos os trâmites processuais que emperram os projetos. É preciso simplificar os processos de licitação, contratação e emissão das licenças para que as obras sejam iniciadas, defende o senador peemedebista. Ele lembra, ainda, que as práticas adotadas em um passado recente, como a aprovação de sucessivos aditivos para recompor valores defasados de obras, não serão mais empregados. Com os escândalos de corrupção na Petrobras, nenhum servidor vai ter coragem de aprovar um aditivo, ressaltou Jucá.

Outro mistério ocorreu em relação às obras da Copa do Mundo. De acordo com a ONG Contas Abertas, em 2011, o Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União (CGU) previa que o governo pretendia INVESTIR R$ 12 bilhões. A mesma consulta feita hoje mostra uma previsão orçamentária de R$ 8,7 bilhões. Desse montante, R$ 6,8 bilhões foram contratados, e apenas R$ 3,8 bilhões, efetivamente, executados. Muitas dessas obras, especialmente no caso dos aeroportos, foram construídas pelo regime de concessão com a iniciativa privada. Essas parcerias, daqui por diante, adotarão o regime de outorga. Depois de construídas, passarão para a iniciativa privada administrar, disse o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).

Para o senador petista, os INVESTIMENTOS que serão feitos pelos chineses diferem um pouco dos gargalos da mobilidade urbana brasileira. Eles serão bastante rigorosos na fiscalização quanto à aplicação dos recursos. Eles querem obras de infraestrutura para escoar a nossa produção de commodities e grãos para eles, disse Delcídio. Quanto às obras internas que jamais deixam de ser meros projetos ou protocolos de boas intenções, o líder governista disse que só há uma saída: colocar na mesma mesa o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e outros órgãos controladores para acompanhar todas as fases do processo.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

GDF vai duplicar trecho entre Guará II e Park Way ao custo de R$ 25 milhões

06/05/2015 - G1 DF

O governo do Distrito Federal vai duplicar o trecho que vai da ponte sobre o córrego Vicente Pires, na QE 38 do Guará II, até os conjuntos 3 e 4 do Park Way. Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, as obras devem ter início no segundo semestre (veja vídeo acima). O trecho é um dos principais pontos de congestionamento do Guará.

As obras estão orçadas em R$ 25 milhões e devem ficar prontas em até 18 meses após a assinatura do contrato com a empresa vencedora. A secretaria informou que busca as licenças necessárias para a duplicação.

O trecho a ser duplicado tem 1,8 km, segundo o secretário-adjunto de Infraestrutura, Maurício Canovas. "Será feito com o dinheiro de um empréstimo do Banco do Brasil e foi escolhido porque tem um fluxo muito grande de veículos. Por isso a prioridade. Acredito que vai melhorar muito a vida de quem passa por ali diariamente."

A ponte sobre o córrego, de pista simples, será duplicada. Para as obras, parte da mata do local terá de ser derrubada. A via após a ponte até a linha férrea também receberá novas faixas. Na linha do trem, no acesso ao Park Way e a Arniqueiras, serão feitos viadutos ou passagens de nível.

Para o especialista de trânsito do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Paulo César Marques da Silva, a solução parece ser adequada. "Pelo que vi no mapa, é uma obra que deve amenizar ou resolver os problemas ali. Vão limpar a área e a visibilidade."

Congestionamento

Motoristas reclamam do trânsito que se forma na região nos horários de pico de manhã e à tarde nos dias de semana. O trecho recebe o trânsito de moradores do Guará, Park Way, Águas Claras e Núcleo Bandeirante.

O estudante de Educação Física Lucas Souza mora no Guará e estuda à noite em Águas Claras. "Saio às 17h40 para chegar a tempo na aula, que começa às 19h20. Se deixar para sair às 18h10 já não dá. O trecho em si é pequeno, mas chega gente de todo lado. Espero que fique melhor, não vou precisar sair com essa antecedência toda."]

A aposentada Lúcia Bruno afirma que também gasta muito tempo no trecho. "Fico direto aí uma meia hora. É isso todo dia. Ainda bem que não preciso mais passar aqui para trabalhar. Apesar do congestionamento, sabia que prefiro aqui do que a EPTG? É mais prático."

O dono de um lava-jato na entrada da ponte no lado do Guará II, Edson Sato, diz que os engarrafamentos pioraram há cerca de três anos. "É perto de Águas Claras, que foi crescendo e trazendo mais gente. Sempre tem uns 'espertinhos' que vão pelo acostamento. É comum ouvir buzinas de vez em quando, mas nunca vi sair briga, graças a Deus."

Além do alívio para motoristas, o comerciante diz que, com o fim do trânsito intenso, ele pode vir a lucrar mais. "Hoje fecho às 17h. Ninguém quer vir lavar o carro e pegar esse congestionamento. Perco clientes e dinheiro, porém, posso ver para fechar mais tarde dependendo de como vai ficar. Espero que possa trazer benefícios para nós também."

sábado, 2 de maio de 2015

Acesso público ao Lago Paranoá é precário e carente de infraestrutura

02/05/2015 - Correio Braziliense

Criada para ser uma área ampla de lazer a toda a população da cidade, a margem do Lago Paranoá tornou-se, ao longo dos anos, muito mais uma extensão de terrenos privados. Hoje, quem se arrisca a chegar ao espelho d'água encontra poucos acessos sem qualquer infraestrutura. Em março, o governo anunciou a desocupação da orla após assinar acordo com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A ação, em cumprimento a sentença de 2011 que condenou o governo, teria início em 4 e 5 de maio, mas os moradores das casas afetadas conseguiram na Justiça uma liminar para suspender temporariamente a derrubada.

Grupos de defesa do Lago Paranoá apontam a existência de 15 acessos ao espelho d'água, que tem 37,5 quilômetros quadrados. São oito do lado sul, entre eles a Prainha, ao lado da Ponte JK e a Ermida Dom Bosco. No lado norte, há outros sete, que incluem o Piscinão do Lago Norte e a Concha Acústica, por exemplo. Parte das entradas pertence a parques vivenciais ou ecológicos. Outros não têm estrutura para receber os frequentadores. A reportagem visitou alguns desses lugares.

O Piscinão do Lago Norte, aponta Marcelo Ottoni, integrante do Movimento Ocupe o Lago, é um dos pontos mais críticos em termos de infraestrutura. Centenas de pessoas frequentam o local nos fins de semana e não há qualquer apoio aos banhistas. O espaço não conta com banheiros, área coberta nem oferece mesas e cadeiras para quem deseja passar algumas horas de lazer no lago. Das lixeiras existentes, algumas estão quebradas ou não dão conta da grande quantidade de lixo. A equipe do Correio visitou o Piscinão na última quarta-feira e os resíduos do fim de semana ainda estavam lá.

domingo, 8 de março de 2015

Espaço para 90 mil pessoas, Rodrigolândia está em banho-maria

07/03/2015 - Correio Braziliense

A implantação do setor habitacional Parque da Benção, uma área de 700 hectares entre Samambaia e Recanto das Emas, está em banho-maria. Após o Correio revelar a criação de uma nova área populacional prevista para abrigar até 90 mil pessoas em 24.460 casas, o governo do Distrito Federal (GDF) adiou qualquer decisão sobre o início das obras no local. Se consolidado, o Parque da Benção será o maior setor já destinado ao Minha Casa Minha Vida, programa federal que repassará o dinheiro para o Morar Bem, do governo local.

O registro de parte do terreno destinado ao empreendimento é um passo a mais na implantação de um projeto que já existe desde 2012. Desde então, é objeto de questionamentos, inclusive na Justiça. O secretário de Gestão do Território e da Habitação (Segeth), Thiago de Andrade, garante que todas as etapas foram cumpridas e o empreendimento teve aprovação por completo do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan), no fim do ano passado. No entanto, somente os trechos 1 e 2 foram registrados em cartório nesta semana. A reportagem procurou a Terracap para saber por que as outras duas etapas não foram registradas, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.

O novo setor habitacional, que já está sendo chamado de Rodrigolândia, em referência ao governador, beneficiará, em sua maioria, moradores do DF com rendimentos de até R$ 1,6 mil. Cerca de 80% das casas será destinada a esse público. O restante, para quem tem renda até R$ 5 mil. Segundo Andrade, o registro da área significa um avanço na política habitacional do DF, apesar de não haver previsão para o início das obras. "É importante porque se cria uma estrutura urbana com planejamento. Mas temos muitas críticas ao projeto e temos que fazer revisões em pontos como mobilidade e conexão entre as cidades", explicou. A falta de verba seria outro impedimento para a construção do setor habitacional, de acordo com o secretário de Habitação. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Governo do DF inaugura novo acesso ao Parque da Cidade, na 913 Sul

22/02/2015 - Correio Braziliense

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), inaugurou na manhã deste sábado (21/2) a primeira obra desde que assumiu o Palácio do Buriti. Segundo o chefe do Executivo local, o novo acesso ao Parque da Cidade Sarah Kubitschek, na altura da 913 Sul, desafogará o trânsito da região. "Vai melhorar a mobilidade urbana nessa área, que tem muitas escolas e o tráfego é intenso. Além disso, faz parte de uma política de fortalecimento dos parques urbano", destacou.

Na oportunidade, ele assinou duas ordens de serviço. Uma para a construção de uma calçada no novo acesso ao parque e outra de iluminação da nova pista de caminhada do espaço.

Greve

O socialista também visitou a Escola Classe 2, no Cruzeiro Novo. Na oportunidade, ele disse ter conhecimento da assembleia do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), marcada para a próxima segunda-feira, que decidirá se a categoria vai ou não declarar greve. "Entendemos que, durante a semana, teremos a normalidade do comparecimento dos alunos nas escolas e temos confiança nos professores e no início tranquilo do ano letivo", ressaltou.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Planetário de Brasília é reinaugurado após 16 anos fechado

31/12/2014 - Agência Brasília

Planetário de Brasília é reinaugurado após 16 anos fechado
Foto: Mary Leal / Arquivo

BRASÍLIA (31/12/14) - O Planetário de Brasília foi reinaugurado pelo GDF após ficar 16 anos sem funcionar. O monumento passou por uma reforma que implantou tecnologia de ponta ao mesmo tempo em que resgatou parte do antigo projetor.

O antigo equipamento de projeção, o SpaceMaster, foi reformado, e um novo modelo atualizado, o Power Dome VIII, instalado. Atualmente, só existem dois modelos desse aparelho em funcionamento, ambos na Alemanha. Brasília é a primeira cidade do Brasil a ter acesso a essa tecnologia capaz de projeções multidisciplinares imersivas com efeitos tridimensionais.

A nova estrutura do planetário oferece sala de projeção, com capacidade para 108 pessoas e cúpula para exibição das imagens; biblioteca digital equipada com computadores com acesso à internet, e mobiliário adaptado, como cadeiras inclinadas para proporcionar a visualização adequada das projeções, além de três salas para reuniões e área de alimentação.

A estudante Vislaine Passos, 18 anos, celebrou bastante a reabertura do Planetário. Aluna de Engenharia Espacial da Universidade de Brasília (UnB), ela vê no lugar não somente uma opção de lazer, mas também um instrumento para pôr em prática aquilo que aprende na sala de aula. "É um incentivo à curiosidade científica, impulsiona o interesse pelo assunto de diversas maneiras, sobretudo nas crianças", disse.