Cidade nasceu após a criação da Campanha de Erradicação das Invasões – CEI – e acabou ganhando a designação lândia que significa cidade em inglês
Tamanho da Fonte Manoela Vinente
msouza@jornalcoletivo.com.br Redação Jornal Coletivo
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Em 1969, com apenas nove anos de fundação, Ceilândia já tinha quase 80 mil pessoas, que moravam em barracos que pareciam favelas. No mesmo ano foi criada a Campanha de Erradicação das Invasões (CEI) presidida pela primeira-dama, dona Vera de Almeida Silveira. Em 1971, já estavam demarcados 17.619 lotes, ao norte de Taguatinga nas antigas terras da Fazenda Guariroba, de Luziânia (GO). Para a transferência dos 80 mil moradores, a Novacap fez a demarcação dos lotes em 97 dias, com início em 15 de outubro de 1970.
Em 27 de março de 1971, o governador em exercício Hélio Prates lançava a pedra fundamental da nova cidade, hoje local onde está a Caixa-d’água, com o nome de Ceilândia, inspirado na sigla CEI e lândia, de origem norte-americana que significa cidade. A primeira família assentada foi na QNM 23, Conjunto P, Lote 12, Ceilândia Sul.
Em nove meses, a transferência das famílias estava concluída, com as ruas abertas em torno do projeto urbanístico, dois eixos cruzados em ângulo de 90 graus, formando a figura de um barril. Nos primeiros tempos foi um drama. A população carecia de água, de iluminação pública, de transporte coletivo, e lutava contra a poeira, a lama e as enxurradas.
E em 2010, Ceilândia faz 39 anos ainda com muitos problemas de acordo com seus moradores, que reclamam da falta de segurança e da sujeira no centro e nas quadras. Ceilândia hoje é bem movimentada, mas antigamente não se podia andar pelas calçadas da Avenida Hélio Prates por causa dos camelôs, que foram todos retirados e colocados no Shopping Popular. O governo construiu também o restaurante comunitário e posto policial no espaço deixado pelos ambulantes. “Melhorou muito, mas a limpeza nas ruas tem que ter mais atenção da administração”, diz Maria das Graças. Ontem, aconteceu a 4ª Copa de Futsal, no Sesc de Ceilândia. Hoje, a programação inclui a Corrida do Coração, que chega à 5ª edição, o Desfile Cívico, no Ceilambódromo, e o Campeonato de Futebol Society de Ceilândia, na praça poliesportiva. A expectativa é que cerca de 20 mil pessoas participem da comemoração.
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