segunda-feira, 31 de agosto de 2009

EPTG

CORREIO BRAZILIENSE

30/08/09

Obras no Viaduto da Epia vão piorar tráfego na EPTG

O trânsito na Estrada Parque Taguatinga (EPTG) ficará ainda mais complicado. A partir de hoje, o governo começa a tocar as obras na parte de cima do viaduto na altura da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia). Uma faixa da direita será interditada nos dois sentidos, tanto para quem segue de Taguatinga para o Plano Piloto quanto para quem faz o percurso contrário. Cada faixa tem 130m de extensão e o estreitamento da via deve durar pelo menos 60 dias, segundo estimativa do secretário de Transportes,Alberto Fraga. Quando concluído, o viaduto passará a ter o dobro de faixas de rolamento.

A intervenção deverá provocar engarrafamentos ainda maiores, uma vez cerca de 150 mil veículos passam pela EPTG todos os dias. Em razão disso, os motoristas deverão ter paciência e buscar caminhos alternativos nos horários de pico, como a Estrada Parque Guará (EPGU) e a Via Estrutural. De acordo com Alberto Fraga, esse é só o começo de uma série de transtornos, uma vez que ainda será preciso trabalhar na construção de vias exclusivas para ônibus, em acostamentos e vias de velocidade. "Quando começarmos a mexer nos canteiros centrais, a dor de cabeça vai aumentar, porque vamos fazer o recapeamento asfáltico justamente onde passam os carros. Queremos concluir as marginais o quanto antes para poder desviar o trânsito", explicou.

Quem utiliza a via para trabalhar está apreensivo com a interdição em cima do viaduto. "O trânsito já é terrível na EPTG. Antigamente eu gastava uns 20 minutos para chegar ao trabalho e passei a gastar uma hora e meia desde quando as obras começaram. Agora não quero nem imaginar como vai ficar a situação", reclamou o administrador Edival Lago, 35 anos. Outro que está temeroso é o contador Houseman Fernandes, de 34 anos. Antes de sair de casa, ele sempre procura se informar sobre a situação do trânsito na EPTG. Houseman mora no Jóquei e não tem muita alternativa para chegar ao Plano Piloto. "Trabalho na Asa Sul. Se eu for pela Estrutural, é uma volta muito grande que dou e então não compensa. Vou tentar achar outro caminho, porque pela EPGU também tem obra e tem engarrafamento do mesmo jeito", disse.

Até 2010

A obra faz parte do programa Brasília Integrada, que tem por objetivo melhorar o trânsito na capital federal. Ela será financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e está orçada em R$ 244 milhões. O prazo de conclusão das obras na EPTG , que deverá ser cumprido rigorosamente, é 21 de abril de 2010. Para isso, no último mês o governo local determinou a contratação de novos funcionários pela empresa vencedora da licitação ocorrida no início deste ano. No lugar de 550 trabalhadores, entre ajudantes de pedreiro, carpinteiros e técnicos em segurança, o GDF conta com 860 funcionários contratados e subcontratados. Para acelerar o serviço, três equipes de terraplanagem estão trabalhando durante os sete dias da semana no período noturno e de madrugada, até as 6h. A quantidade de equipamentos também aumentou. São 150 máquinas pesadas e 87 caminhões utilizados para carregamento de terra. Até o mês passado, havia 90 máquinas e 54 caminhões basculantes.

O projeto prevê a construção de cincos novos viadutos em toda a EPTG e 17 paradas de ônibus nos 12,7km da via. Em todos os pontos, haverá uma passarela de concreto para travessia dos pedestres com segurança. Com as obras, a intenção também é melhorar o transporte público no DF. Está prevista ainda a compra de 400 novos ônibus com capacidade para 160 pessoas. Eles deverão circular do lado esquerdo da via, por um corredor exclusivo que será construído em cima do canteiro central. A expectativa é de que haja uma redução significativa nos congestionamentos. Toda a pista será recapeada com material de concreto, no lugar da massa asfáltica. O objetivo é que ela seja mais resistente.

A maior dificuldade para que os trabalhos sejam finalizados na data estipulada é em relação ao período chuvoso, que chegou antes do tempo. Este ano, por exemplo, choveu80 milímetros só no mês de agosto, enquanto em 2008, no mesmo período, nenhuma gota d"água caiu sobre Brasília. "Se chover muito, alguns serviços de terraplanagem ficam prejudicados em razão do comportamento do solo, mas acredito que ainda temos um bom tempo de estiagem pela frente", ressaltou Alberto Fraga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário