quinta-feira, 29 de julho de 2010

Falta infraestrutura nas Áreas de Desenvolvimento Econômico


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Há dez anos, empresários ganharam a concessão para montar negócios e gerar empregos nas Áreas de Desenvolvimento Econômico. Mas a consolidação dos estabelecimentos esbarra na falta de infraestrutura.
Foi para gerar emprego que as empresas ganharam terreno barato e se mudaram para as Áreas de Desenvolvimento Econômico, as ADEs, mas o governo não cumpriu a parte dele e falta transporte, segurança e nem o correio mantém o serviço de entrega eficiente nessas áreas.Quem trabalha nas ADES não consegue chegar por falta de transporte. “Se eles não moram próximo ao setor onde nós estamos trabalhando, nós não temos condição de ter funcionários de outra região”, conta o comerciante Alberto Rodrigues de Souza. A criminalidade traz insegurança. Em Águas Claras, a câmera instalada pelo comerciante José Maria França mostra um dos muitos assaltos de que sua loja já foi vítima. Agora, ele só trabalha protegido por grades e afirma que “polícia não passa aqui. Quando a precisa e chama, demora 30, 40 minutos para chegar.” A comerciante Sirene Fernandes Costa transferiu sua empresa de Taguatinga para a ADE e se arrepende porque agora as correspondências chegam com um mês de atraso. “Aqui é comércio, como é que tem condição de ficar num lugar desse?”, questiona. A área é reservada para comércio, mas se não fossem os carros, seria uma rua deserta. Em uma rua da ADE de Águas Claras são 22 prédios comerciais em um dos lados, sendo que apenas três estão funcionando - o restante está de portas fechadas.“Eles falaram que aqui era para gerar emprego. “[O comércio] abre um determinado tempo, mas, quando volta, fecha tudo de novo”, conta a administradora Gelaine Moreira. Ceilândia tem três ADEs com ruas sem asfalto e lixo espalhado. Vários comerciantes já se mudaram, e os que ficaram trabalham com medo. “De 18 horas em diante, não tem como fazer entregas nessa área”, destaca o comerciante Janair Carvalho da Silveira. Na avaliação do presidente da federação das microempresas do DF, Sebastião Gabriel de Oliveira, o governo enganou os comerciantes. O administrador de Ceilândia, Renato Santana, diz que os empresários levaram as queixas ao GDF no começo do mês e que foi traçado um plano de ação. “Cada órgão, na sua condição, vai iniciar a execução desses trabalhos”, sublinha. Nesta quinta-feira (29), a governadora em exercício, Ivelise Longhi, disse que a prioridade é concluir obras que já estão em andamento, com verba garantida. Já os Correios prometeram averiguar porque as correspondências demoram a chegar à ADE de Águas Claras. 


Renata Costa / Marcone Prysthon 

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