quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Inauguração da nova sede da Câmara Legislativa já tem impacto no SIG



Falta de estacionamento, aumento no número de ambulantes irregulares e flanelinhas sem cadastro são alguns deles

Publicação: 04/08/2010 08:21 - Correio Braziliense

Carros parados de forma irregular em frente à Câmara: aumento no número de veículos se reflete na falta de vagas - ()
Carros parados de forma irregular em frente à Câmara: aumento no número de veículos se reflete na falta de vagas
Mesmo com funcionamento parcial, a nova sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal causa impacto no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). O prédio atrai vendedores ambulantes, lavadores de carros e flanelinhas, a maioria vinda da antiga sede, localizada no fim da Asa Norte. Quem trabalha na região já sente os problemas devido à maior movimentação, que impactam na segurança, no trânsito e na falta de estacionamento.

A assistente técnica de recursos humanos Evelyn Siqueira, 25 anos, teve o carro arrombado na última segunda-feira, enquanto trabalhava. “Acho que procuravam o som do carro, que eu levo comigo. Graças a Deus não roubaram o carro, só deixaram o pino da porta empenado”, disse.

Para o diretor operacional da Polícia Militar, coronel Alberto Pinto, ainda não dá para afirmar que haverá aumento nos assaltos, mas garante que a fiscalização continua. “A PM possui uma viatura que patrulha durante todo o dia o lado de fora da nova sede até o prédio da Imprensa Nacional”, diz.

Ambulantes
Há três anos vendendo saladas de frutas para quem passava pela antiga Câmara, duas irmãs — que preferiram não ter os nomes publicados — já instalaram uma tenda em frente à nova Casa. Segundo elas, a grande maioria dos comerciantes está se mudando. “Ainda tem mais uma vendedora, de granola, que vai vir para cá”, diz uma das vendedoras.

Com elas vieram mais dois, um de cachorro-quente e outro de pastel, cada um com mais de 10 anos no endereço antigo. “Acho que a tendência é melhorar as vendas aqui porque sempre tem muito movimento, manifestação em frente à Câmara”, acredita o vendedor de cachorro-quente, que também preferiu não divulgar o nome, instalado há 17 dias em frente à nova sede.

Nenhum deles tem licença para atuar no local e todos correm o risco de ter os produtos apreendidos pela Agência de Fiscalização do DF (Agefis), responsável pela retirada de ambulantes. Mas, segundo o órgão, as operações muitas vezes não encontram os comerciantes porque eles não têm local fixo. “Já foi feita uma ação na nova sede, mas os agentes não encontraram nenhum vendedor. Se acharem os ambulantes, os fiscais recolhem o material e levam para o depósito da Agefis. Para recuperá-lo, o vendedor deve arcar com os custos da operação”, afirma o assessor de imprensa da Agefis, Nilo Martins.

Flanelinhas
Os lavadores de carros conhecidos como Ronei e Galego também se mudaram. “A gente veio por causa dos clientes que já conhecem a gente há 16 anos”, explica Ronei. Segundo ele, de dez flanelinhas que trabalhavam no prédio antigo, apenas os dois vieram para a nova sede. Pelo menos três guardadores de carros trabalhavam na região antes da dupla chegar, mas, para Ronei, isso não é um problema. O grupo estabeleceu uma divisão de território: “A gente veio antes, conversou com o pessoal aqui (vigias que já atuavam no local) e vamos lavar apenas os veículos dos funcionários da Câmara. Os carros dos outros prédios são com eles.”

Ronei disse que ambos são cadastrados na Corregedoria da Câmara para exercer a profissão. Mas o chefe de operações da Secretaria de Ordem Pública e Social (Seops), Dalmir Caixeta, explica que esse tipo de permissão não se aplica quando o trabalho é feito em via pública. “Se eles atuarem em vias públicas, precisam de cadastro na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) para participarem do curso de capacitação e serem habilitados.”

De acordo com Caixeta, as ações de fiscalização da Seops vão continuar na área. “O guardador ilegal tende a atuar onde tem mais fluxo de pessoas. Com certeza vão ocorrer operações para reprimir o exercício ilegal da profissão”, diz.

Dicas de segurança


» Não deixar objetos de valor dentro dos carros, porque isso chama a atenção dos criminosos

» Colocar dispositivos de segurança, como alarmes

» Estacionar os carros em locais iluminados

» Se houver algum movimento estranho próximo ao carro, chamar a polícia

Fonte: Polícia Militar

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