terça-feira, 10 de agosto de 2010

Rosso traz projetos para o DF na volta da viagem à Europa

JORNAL COLETIVOData: 06/08/2010

Governador retornou ontem de tour pela França e Holanda, depois de conhecer diversos projetos a serem implementados em Brasília
O governador Rogério Rosso (PMDB) voltou, ontem, da viagem à Europa e trouxe projetos que pretende implementar em Brasília. Em coletiva realizada na sua casa, Rosso apresentoiu os projetos.
O primeiro item abordado foi o empréstimo conseguido com a Agência Francesa de Desenvolvimento, de R$ 330 milhões, para a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Como o empréstimo é internacional, precisa ser aprovado pelo Senado, que tem até o dia 2 de setembro para tratar da matéria. Para Rosso, o VLT “vai transformar a cidade”.
Em seguida, o governador tratou da construção de um parque de ciências baseado no La Villete, parque francês voltado para o público infantil que, segundo explicou Rosso, ensina ciências às crianças sem elas perceberem. Ele e Ivelise aventaram a possibilidade de usar a estrutura da Rodoferroviária para abrigar esse parque. A vice-governadora explicou que o turismo em Brasília é de negócios, e acontece de terça a quinta-feira. Para os dois, é preciso trazer outro tipo de turismo, o “cívico”. Rosso ressaltou que o parque La Villete recebe nove milhões de turistas por ano, enquanto apenas cinco milhões de pessoas visitam o Brasil ao ano. Ele afirmou ainda que a implementação do parque será iniciada até dezembro, ou seja, durante o mandato dele.
Também foi destaque a viagem à Holanda, onde, além de visitar o estádio Amsterdan Arena, que servirá de modelo para o Mané Garrincha, Rogério Rosso conheceu uma usina onde o lixo é 99% reciclado e transformado em energia e material de construção. Rosso afirmou que, ainda que a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) esteja trabalhando na licitação de um aterro sanitário, esse não é suficiente. Portanto, o governador pretende implantar essa usina em Brasília, agregando-a ao aterro. O governo procura agora empresas interessadas em tocar esse projeto, que deverá custar mais de R$ 800 milhões, como uma parceria público-privada (PPP).
Rosso tranquilo com processo do MP-DF
O governador afirmou ainda, durante o encontro com a imprensa, que está tranquilo com relação ao processo do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) movido contra ele por improbidade administrativa. O processo foi aberto porque a Promotoria de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) alega que Rosso destituiu uma ação da Agência de Fiscalização do DF (Agefis), que fechava estabelecimentos de ensino.
As faculdades que seriam fechadas estavam com os mesmos problemas de mais de 11 mil estabelecimentos comerciais que tinham alvarás precários e foram fechados pela Agefis. Porém, Rosso entende que a educação é questão de Estado. Ele afirmou ainda que conversou com o comitê jurídico e “já há uma decisão judicial” para que as faculdades sejam abertas. De fato, há decisão na Justiça determinando que faculdades permaneçam abertas em casos como esse. O governador argumenta ainda que não suspendeu o processo de regularização do estabelecimento em questão, apenas evitou que ele fosse fechado na véspera do vestibular.
Ele assegura que o governo cumprirá qualquer decisão da Justiça, mas invocou o “princípio da razoabilidade” para tratar da questão, afirmando que “quando se fecha escolas, hospitais e outros que são de responsabilidade do Estado, há respaldo (na ação do Governo), pois se está pensando na população, que é a mais prejudicada”.
Nova fábrica no DF
Outra novidade é uma negociação, que vinha correndo em sigilo e que foi divulgada ontem, com a New Generation Aircraft, fabricante de aviões. A empresa pretende montar uma fábrica para seus novos modelos, e há uma intenção, formalizada na quarta-feira (4), de que essa fábrica seja feita em Brasília. Segundo Rosso, isso transformará o perfil econômico de Brasília, pois uma estrutura dessas envolve trazer também fornecedores, entre outros fatores.

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