quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Número de moradores de rua no DF aumenta em 40%

Home > Bom Dia DF > 11/08/2010 > Reportagem


Segundo estimativa da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho, o DF tem 2,5 mil moradores de rua. Em um ano, houve um aumento de 40% no número de pessoas que não têm onde dormir.A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) calcula que, atualmente, cerca de 2,5 mil pessoas dormem nas ruas do Distrito Federal todos os dias. Em um ano, houve um aumento de 40% desse grupo da população. O albergue público tem capacidade para 400 pessoas e outros sete centros são conveniados para acolher quem não tem onde de dormir. Mas a maioria dessas pessoas prefere continuar na rua, onde, segundo eles, teriam melhor qualidade de vida. “A condição de vida que eles buscam é baseada no dinheiro recebido por vigiar carro, que é um dinheiro mais fácil, e nas doações que da população, que acaba incentivando a permanência dessas pessoas nas ruas”, afirma o coordenador de Ações Especiais da Sedest, Ivanildo Sales. Na quadra 308 Sul, o catador Gilson Rafael admite que tem casa e família no Céu Azu, mas passa a semana em Brasília. Ele fatura R$ 600 por mês com a venda de latinhas, por isso, não quer morar no albergue. “Eles não oferecem nada. Falta emprego, porque os salários são nivelados aos estudos. Quem tem pouco estudo, pouca documentação ou até já foi preso, fica numa situação mais difícil”, diz. Polyana dos Santos, grávida de quatro meses, diz que seus outros dois filhos foram levados pelo Juizado de Menores. Além do tinner, ela admite que usa outros tipos de droga. “Eles me ofereceram centro de recuperação por causa da crack. Mas fui algemada para a 1ª DP, junto com meus filhos”, conta. Para o delegado responsável pela operação de retirada dos moradores de rua na Asa Sul, coronel Lima e Silva, as ações do governo têm que ser mais amplas e permanentes. Ele defende uma política de moradia, educação e emprego para restituir a dignidade dessas pessoas. “À medida que o Estado conseguir fornecer a essas pessoas todos esses elementos de dignidade e humanidade, acreditamos que elas vão sair das ruas e vão para esses espaços onde serão mais felizes, onde recuperarão sua dignidade”, defende o coronel. Na segunda-feira, agentes da Sedest atuaram no Areal, próximo a Águas Claras. Eles disseram que foram recebidos a pedradas pelos moradores de rua. As operações vão continuar em todo DF.

Um comentário:

  1. Quando é que esse serviço chegará à Asa Norte?Olhem para o final da Asa Norte,na beirada do Eixinho,depois da Sqn 216,área verde!

    ResponderExcluir