sábado, 4 de setembro de 2010

Brasília resgata monumento e ganha fonte cibernética

Parceria do GDF com a Eletrobrás traz de volta ao Eixo Monumental os jatos d%u2019água multicoloridos que fazem parte da lembrança de milhares de brasilienses

Publicação: 03/09/2010 21:16 - Correio Web

Dez de março de 1967: “Os jardins da Torre de Televisão ganharam ontem um novo motivo ornamental, com a inauguração da Fonte Sonora e Luminosa, dando à maior área ajardinada do mundo um belo espetáculo de luzes coloridas. Na foto acima uma visão panorâmica tomada da Torre de TV, que agora se enriquece, oferecendo à população de Brasília mais um ponto pitoresco e de atração turística”.

A legenda acima foi publicada junto à principal foto da capa do Correio Braziliense que circulou naquele dia, marcando a inauguração da fonte, em solenidade comandada pessoalmente pelo então presidente da República, Castelo Branco, e pelo então prefeito do Distrito Federal, Plínio Cantanhede.

Quase 44 anos depois, na próxima quarta-feira (8/9), as águas e os sons voltarão a dar espetáculo junto à Torre. E, uma vez que o objetivo do projeto é o mesmo de 1967 – resgatar o monumento –, a legenda citada acima poderá ser reeditada nesta semana. A nova fonte cibernética foi equipada com o que há de mais moderno em tecnologia de fontes no mundo. O primeiro teste, realizado na noite desta sexta-feira (3/9), mostrou que a fonte será uma atração especial para motoristas e pedestres que passarem pelo Eixo Monumental, próximo à Torre de TV.

Espetáculo multimídia
Em parceria com o Governo do Distrito Federal, a Eletrobrás aportou R$ 9 milhões do projeto de reconstrução da fonte. As obras foram iniciadas em setembro do ano passado. Com formato oval, a fonte mede aproximadamente 80 por 70 metros e conta com dois mil bicos ejetores, que lançarão água a uma altura de até 50 metros. Formada a partir de jatos d’água dispostos de forma linear, uma espécie de tela permitirá a projeção de imagens em movimento. Um projetor de laser multicolorido, de controle informatizado, comandará o espetáculo.

Utilizando tecnologia da empresa espanhola Ghesa Engenharia, a atração incorpora características cibernéticas e de multimídia, de forma semelhante à fonte que funciona no Parque Ibirapuera, em São Paulo. “Misturando sons, luzes e movimento, será a maior fonte da América Latina e uma das dez maiores do mundo, ocupando uma área de 4,8 mil metros quadrados”, diz o supervisor da obra, o arquiteto Silvio Domingos.

Coreografias, luzes e sons
Com as novidades, o monumento apresentará inúmeras possibilidades de expressão artística, com variedade de jogos de luzes e sons, interpretação automática de qualquer melodia e reprodução de espetáculos previamente criados e programados, com execução de coreografias em atos e comemorações públicos.

As plataformas de concreto foram recuperadas e duas das taças antigas tiveram de ser demolidas. No local, foi construída uma galeria subterrânea, que liga a casa de máquinas à área de projeção, no centro da fonte. Além disso, foram instaladas novas tubulações hidráulicas e elétricas, equipamentos de vídeo, som e iluminação, bombas, válvulas e filtros. O tanque, a casa de máquinas e a galeria subterrânea serão impermeabilizados.

A Novacap, responsável pela contratação da empresa executora da obra, também fará a fiscalização dos serviços. No contrato estão previstos três anos de manutenção dos equipamentos. Ao longo dos quase 44 anos de existência, esta é a quarta versão da fonte apresentada aos brasilienses.

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