domingo, 26 de setembro de 2010

DF tem 40 obras abandonadas




DF TV 2ª Edição - 25/09/2010

Moradores vizinhos a esses prédios reclamam da insegurança e da sujeira. Agefis promete intensificar fiscalização até dezembro para evitar disseminação de focos do mosquito.

A obra inacabada já é parte da paisagem de Águas Claras, está lá há dez anos, depois que a cooperativa responsável pela construção faliu. O local nunca foi cercado e virou abrigo para moradores de rua e usuários de drogas. 

“Eles atearam fogo nos contêineres e nas cercas. Muitas vezes eles vêm para o nosso bloco pedir água e as pessoas se assustam porque eles não têm nada a perder, são viciados em crack”, fala o síndico do prédio ao lado, Wilckson dos Santos. 

Uma obra fica parada quando há falência da empresa, problemas com a Justiça ou com as normas de gabarito, como o prédio acima dos limites de altura. A Agência de Fiscalização estima que 40 construções estejam nessa situação no DF. 

Na área central de Sobradinho, uma obra está embargada há pelo menos três anos porque não tem alvará de construção. “O pessoal chama isso aí de Carandiru”, diz a microempresária Eva Pimentel. “É horrível, Na verdade, isso aí está parado há muito tempo e não sai disso”, completa o cabeleireiro Ari da Mata. 

Uma família vive no local, mas não foi encontrada. Moradores e comerciantes dizem que o esqueleto inacabado é esconderijo para assaltantes e usuários de drogas. “Se você passar aqui por volta de 22h, 22h30, você é assaltado, com certeza. O pior é que essa rua é muito escura”, fala o promotor de vendas Gabriel Freitas. 

De acordo com a Agefis, as construções têm que ser mantidas limpas e cercadas, mesmo se estiverem paradas. Se o responsável não cumprir as exigências, é notificado e pode receber multa. 

A fiscalização vai aumentar, até dezembro, na vistoria a focos de mosquitos. “Faremos uma visita em todas as obras, com a preocupação maior naquelas que estão paralisadas ou abandonadas”, ressalta o diretor de Fiscalização de Obras da Agefis, Valtécio Batista.


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